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Craques

Arthur Antunes Coimbra - Zico
A história de Zico se confunde com a própria história do Flamengo. Além de ter sido o maior artilheiro da história do clube, e seu maior craque, Zico liderou o time nas suas maiores conquistas. Foram quatro campeonatos brasileiros, uma Taça Libertadores da América e um Campeonato Mundial Interclubes.

Zico nasceu em Quintino, subúrbio do Rio de Janeiro, e começou sua carreira no Flamengo aos 14 anos de idade, levado pelo radialista Celso Garcia, amigo de sua família. Sua estréia como profissional aconteceu em 1971, mas apenas em 1974 firmou-se como titular e dono da camisa 10 do clube.

Zico marcou pelo Flamengo 568 gols. Em 1983, deixou o clube para jogar na Itália, na fraca equipe da Udinese. Em 1985, entretanto, voltou para o Flamengo, para conquistar mais um campeonato carioca e o título nacional de 1987.

Sua despedida aconteceu em 1989, contra o Fluminense, no Estádio Municipal de Juiz de Fora. O Flamengo venceu por 5X0, com um show do Galinho de Quintino.

Edvaldo Alves Santa Rosa - Dida
Dida, ou melhor, Edvaldo Alves Santa Rosa, foi descoberto em Maceió, quando a delegação de vôlei do Flamengo assistia a um jogo entre as seleções de futebol de Alagoas e da Paraíba. Os cariocas ficaram impressionados com um jogador da equipe alagoana que marcou três gols na partida e, depois de um tempo, um representante do time da Gávea foi até o Nordeste trazer o jovem talento para o Rio. Dida jogou a primeira vez no profissional do time rubro-negro graças às contusões de Evaristo e Benitez num jogo contra o Vasco. O Flamengo venceu por 2X1, mas Dida acabou retornando para o time de aspirantes. Só em 55 ele viria a se firmar definitivamente como titular, substituindo Evaristo mais uma vez. Na final do campeonato daquele ano, o Flamengo venceu por 4x1, conquistando o bi-campeonato. O jovem alagoano marcou três gols da partida. Dida foi o segundo maior artilheiro do clube, com 244 gols, só superados por Zico. Ele deixou o Flamengo em 1963, quando foi vendido para a Portuguesa (SP).

Domingos da Guia
Domingos da Guia, considerado o melhor zagueiro brasileiro de todos os tempos, estreou na Seleção Brasileira aos 18 anos. No início de sua carreira, jogou no Nacional, do Uruguai, e no Boca Juniors, da Argentina. Só em 1937, o grande zagueiro veio para o Flamengo onde viveu os melhores momentos de sua carreira, atuando do lado de grandes jogadores como Leônidas da Silva. Em 38, na Copa da França, foi um dos responsáveis pela conquista do terceiro lugar, melhor colocação brasileira em copas até aquele momento. Domingos da Guia saiu do Flamengo em 44, vendido para o Corinthians.

Leônidas da Silva
Leônidas da Silva, o inventor da "bicicleta", foi um dos maiores atacantes brasileiros. Ele começou a jogar no Flamengo em 1936, transferido do Botafogo, porque os dirigentes do clube não queriam um negro no time, mesmo sendo Leônidas um grande jogador. Com uma brilhante atuação na Copa de 38, incluindo a artilharia, Leônidas ficou conhecido como "Diamante Negro". O inventor da bicicleta também chegou a ser conhecido por "homem-borracha" por causa da sua habilidade e agilidade nos dribles e jogadas. Leônidas jogou no Flamengo até 42 e depois foi para o São Paulo, onde ficou até o final de sua carreira.

Zizinho
Zizinho, ou Mestre Ziza, nunca seria jogador de futebol caso dependesse do seu físico. Franzino, ele chegou a ser recusado pelo time do América e acabou jogando um tempo no São Cristóvão antes de chegar ao Flamengo. A grande chance de Zizinho veio com a contusão de Leônidas; o técnico Flávio Costa deu a ele dez minutos para que mostrasse o que sabia. Em pouco tempo, Mestre Ziza convenceu o técnico e acertou com o Flamengo, estreando contra o Independiente, da Argentina. Zizinho tinha garra e habilidade, o que o fez conquistar um grande número de fãs, entre eles, Pelé. Pouco antes da Copa de 50, o ídolo rubro-negro foi vendido para o Bangu e, mesmo perdendo a final para o Uruguai, foi eleito o melhor jogador da Copa. Assim os ingleses que viram Mestre Ziza jogar o definiram: "Não se trata apenas de um craque. Este é um gênio, um homem que possui todas as qualidades que podem ser idealizadas para um profissional chegar mais perto da perfeição."

Junior
Leovegildo Lins Gama Júnior, o famoso Júnior, foi um dos grandes craques do Flamengo, clube onde começou sua carreira. Ele ficou no time até 85, quando foi vendido para o Pescara, na Itália, e, depois, para o Torino, no mesmo país. Em 89, já com 35 anos, o craque voltou para a Gávea e venceu o campeonato estadual liderando uma equipe jovem e pouco experiente. Foi dele também grande parte da responsabilidade pelo quinto título brasileiro (1992) do time rubro-negro, o primeiro sem a participação de Zico. No mesmo ano, Júnior completou a incrível marca de 800 jogos defendendo a camisa do Flamengo, número que dificilmente será ultrapassado. O "Vovô", como ficou conhecido na segunda fase em que esteve no time rubro-negro, viveu muitos dias de glória no clube, sendo campeão estadual várias vezes, quatro vezes campeão brasileiro, campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes. Júnior foi admirado pelos rubro-negros até os últimos dias em que atuou como jogador, mas foi bastante criticado em 96 quando voltou à Gávea para treinar o time.